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O menino de três anos de idade, vítima de tortura e abuso sexual praticados supostamente pelos próprios pais em Tangará da Serra, a 242 quilômetros de Cuiabá, não resistiu aos ferimentos e teve morte cerebral decretada pela junta médica da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital particular da capital nesta quinta-feira (10.01).
A criança apresentava fraturas dentárias, lesões nos órgãos sexuais, traumatismo craniano, fratura na coxa direita e um quadro grave de desnutrição. A mãe Luziane de Silva Rodrigues, 27 anos, e o pai Fernando Bruno Pereira, 20 anos, principais suspeitos pelos crimes, foram presos em flagrante no dia 31 dezembro de 2012 por tortura qualificada e estupro de vulnerável.
De acordo com a delegada da Polícia Civil, Liliane Diogo os acusados agora, também terão que responder na Justiça pelo crime de homicídio.
O caso: No dia 31 de dezembro, o casal acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) depois que o menino teve convulsões. Aos médicos, os pais justificaram as crises dizendo que o filho tinha batido a cabeça no dia anterior após uma queda.
No mesmo dia, o garoto foi levado ao Hospital Municipal de Tangará da Serra e depois transferido para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital e Maternidade Clínica da Criança.
Com o estado de saúde considerado gravíssimo, o menino foi transferido para o Pronto-Socorro de Cuiabá ainda no dia 31. A médica que atendeu a criança percebeu que os machucados eram resultados de maus tratos e chamou a Polícia Militar.
Os policiais entraram em contato com o conselheiro tutelar de Tangará, Lindomar Gomes, que junto com a Polícia, foi até a residência dos pais da vítima. Os dois foram levados à Delegacia Municipal para prestar esclarecimentos. Eles negaram o crime, mas foram presos após laudo médico que confirmou que a criança foi espancada e estuprada.
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